O Google anunciou recentemente que tem planos de voltar ao mercado de aplicativos chinês, depois de 5 anos sem operar no país. Mas, ao que tudo indica, o retorno não será tão simples: o longo tempo sem atuar na China fez com que a gigante de tecnologia perdesse grande parte do território nos principais serviços que oferece. "A questão é que é tarde para o Google voltar à China. Talvez quase tarde demais", afirma Shiv Putcha, da consultoria IDC.

No período, o mercado local de apps sofreu grandes transformações. Em vez de um espaço para reunir uma série de títulos diferentes, agora empresas como Alibaba, Baidu e Tencent possuem, além de suas próprias versões para os serviços oferecidos pelo Google, outros aplicativos. O WeChat, por exemplo, oferece aos 600 milhões de usuários opções de jogos, táxis, livros e pagamentos, entre outras opções.

Mas por que voltar com uma loja de aplicativos, mesmo com esse cenário? De acordo com um trabalho de pesquisa sobre o caso realizado na Universidade Ryerson, do Canadá, os reguladores chineses podem acreditar que apps para Android são menos ameaçadores do que serviços de busca e de e-mail. "É altamente improvável que o governo chinês se questione: 'Será que alguém baixa Tetris. Se o Google não tiver qualquer informação altamente confidencial, não pode ser obrigado a divulgar esses dados", afirma o estudo.

Pesquisadores defendem ainda que a existência de uma loja de apps controlada pelo Google na China pode ser uma chance de pequenos desenvolvedores entrarem no mercado.



Sexta, Setembro 11, 2015





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